Predestinação bíblica?
Predestinação
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Isto significa que o futuro está fixado? O homem tem livre arbítrio? Deus tem perfeito conhecimento prévio. A tensão resulta da tentativa equilibrar o propósito predeterminado e o conhecimento prévio de Deus com a resposta do homem a Deus. "O que dizem as Escrituras" (Romanos 4:3) com respeito às facetas da predestinação relatadas? O homem tem livre arbítrio. Ele tem poder para escolher. Ele é posto em pé, com capacidade para escolher entre o bem e o mal, a vida ou a morte, para buscar a Deus, para querer, para vir à luz, para buscar a imortalidade, para perguntar, para buscar e bater, e para encontrar e entrar no caminho estreito que conduz à vida (Eclesiastes 7:29; Isaías 7:16; Deuteronômio 30:15; Jeremias 29:13; João 7:17; 3:21; Romanos 2:7; Mateus 7:7-8,13-14). Alguns dizem: "Não posso evitá-lo; é assim que Deus me fez. Não posso fazer nada com isso." Mas o homem pode assumir plena responsabilidade por sua vida (2 Coríntios 5:10).
Deus
nunca revogou o livre arbítrio do homem, fazendo dele um pião cósmico.
Faraó pecou endurecendo seu próprio coração (Êxodo 9:34; 8:15). Deus deu
a Faraó oportunidades para crer, mas sabia que ele decidiria ser
teimoso (7:14). O mesmo sol que derrete a cera, endurece a argila. Desde
que Deus apresentou a Faraó estas circunstâncias sabendo que ele lhes
resistiria, é dito que Deus endureceu o coração dele (4:21; 7:3; 9:12;
10:27; 11:10; 14:8). Assim, Deus predeterminou que ele seria glorificado
pela resistência dos egípcios (6:7; 9:16; 11:9; 14:17-18). A
providência de Deus pode usar as livres escolhas dos homens maus para
cumprir seu propósito (Jeremias 21:1-14; 25:4-14; Isaías 10:5-7, 15;
Habacuque 1:6, 12). Se o homem não obedece, não é porque foi
predestinado para que não possa obedecer. É porque ele não obedece (João 5:40; 3:19-20).
Deus deseja que todos sejam salvos (1 Timóteo 5:24). Ele não quer que ninguém seja perdido, pois não se deleita na morte dos ímpios (2 Pedro 3:9; Ezequiel 18:32). Não sendo parcial nem arbitrário, ele ama todos os homens igualmente (Atos 10:34; Romanos 2:11; 5:8; João 3:16). Jesus morreu por todos, pois o evangelho é para todos (Hebreus 2:9; 1 João 2:2). Assim, Deus não poderia ter tirado nomes de um chapéu antes da fundação do mundo e feito arbitrariamente uma lista dos que iriam para o céu ou o inferno. Seja em que lista que você estivesse, você não poderia fazer nada sobre isso??? Não, pois Deus é bom e justo (Deuteronômio 32:4)! Deus sabe todas as coisas. Nada é oculto de seu infinito entendimento (Hebreus 4:13; Salmo 147:5). Sendo onisciente, ele sabe o fim desde o começo e pode, sem errar, predizer o futuro (Isaías 46:10; 41:23). Exatamente como ele faz isto está além do nosso conhecimento (Romanos 11:33). Desde que ele habita a eternidade (Isaías 57:15), ele transcende tempo e espaço, não sendo sujeito a suas limitações. Ele não tem futuro nem passado, mas somente um eterno agora, como um infinito EU SOU (Êxodo 3:14). Ele não vê o que consideramos o futuro como uma potencialidade não exercida, mas como realidade efetiva, fixada pelos resultados da livre escolha do homem dentro de seu propósito transcendente. Se você gravasse com uma filmadora de vídeo um jogo de futebol, o que você visse estaria fixado. Mas, gravando-o, você não determina a contagem final. Outros o fariam. Deus, de Seu elevado ponto de observação, vê e opera a história sem interferir com a liberdade do homem ao usá-la.
O
perfeito conhecimento prévio de Deus não viola a escolha do homem. Há
uma diferença entre saber uma coisa e fazer com que ela aconteça. Eu sei
que John F. Kennedy foi morto em 22 de novembro de 1963. Entretanto meu
conhecimento não altera um acontecimento passado. O conhecimento de
Deus também se estende ao que consideramos o futuro. Ele pode prever um
evento sem fazer com que aconteça. Ele chamou Ciro e Josias pelos nomes
muitos anos antes deles nascerem e soube exatamente o que eles
livremente fariam (Isaías 44:28-45:7; 1 Reis 13:2).
Se Deus experimenta os acontecimentos como o fazemos, então seria impossível predizer sempre acuradamente o futuro. Se há coisas que ele não sabe, então ele as aprenderá e se surpreenderá quando acontecerem, até mesmo no Dia do Julgamento. Se fosse assim, ele não seria imutável e onisciente! Alguns pensam que ele decide não saber algumas coisas. Mas ele teria que primeiro conhecê-las para que pudesse saber que tinha escolhido não conhecê-las (?). Deus, contudo, sabe todas as coisas de sua eterna perspectativa. Ele sabe, desde a fundação do mundo, os nomes dos que não seriam inscritos no livro da vida e, daí, os nomes que serão (Apocalipse 13:8; 17:8).
Deus tem um eterno propósito. Sua
determinação eterna é um plano de salvação para o homem (1 Pedro 1:20; 1
Coríntios 2:7; Efésios 1:11). O propósito de Deus para salvar o homem
será aceito por aqueles que o amam e obedecem (Romanos 8:28; Atos
10:35). "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho... e aos que
predestinou, a esses também chamou" (Romanos 8:29-30). Ele sabia
de antemão que alguns responderiam livremente ao seu gracioso plano.
Aqui, o propósito de Deus de redenção é visto como completo, para
mostrar a segurança dele. O plano de Deus é dito como sendo cumprido
quando o cumprimento ainda é futuro (Gênesis 17:5; Josué 6:2; Atos
18:10). Seu propósito não pode falhar. Os homens podem escolher ser
parte dele. Estes são predestinados. Você pode predestinar uma
secretária determinando previamente as habilidades exigidas. Aquela que
preencher sua especificação foi predestinada! Deus predeterminou que os
salvos seriam somente aqueles que escolhem ser "conformes à imagem de seu Filho". Estes obedecerão ao chamado do evangelho. Esta adoção benevolente de filhos obedientes em Cristo é a predestinação: ".. nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade" (Efésios 1:5). Estejamos encorajados, porque podemos escolher ser uma parte do eterno propósito de Deus.
por W. Frank Walton |
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Predestinação:, em teologia, é a doutrina[1] de que todos os eventos têm sido desejados por Deus. João Calvino interpretou a predestinação bíblica como significado que Deus quer a condenação eterna para algumas pessoas e a salvação para outras.[2]
ÍndiceConceitosA predestinação divina, comum no monoteísmo, é no cristianismo relacionada a onisciência de Deus sabendo previamente tudo o que vai acontecer, no que se refere à salvação de uns e a não salvação de outros, sendo um tema dos ensinamentos de Agostinho de Hipona e de João Calvino. Para S. Agostinho a salvação não dependeria dos próprios seres humanos, mas sim de uma intervenção divina, da graça divina, algo que seria absolutamente necessário para a salvação. Dessa maneira, pode-se dizer que os "condenados" são nalguma medida escolhidos por Deus, ou melhor, os "não-escolhidos". Os cristãos entendem a doutrina da predestinação como a salvação que Deus planejou para os homens. Os escolhidos não possuem a opção de aceitarem ou não a Cristo, pois Deus há de incliná-los de alguma forma, seja pelo amor ou pela dor.Predestinação Absoluta de João CalvinoA doutrina da predestinação está particularmente associada ao Calvinismo. A predestinação é um elemento que descende da teologia de João Calvino. Dentro do espectro de crenças quanto à predestinação, é no Calvinismo que possui sua forma mais enfática entre cristãos. Ensina que a predestinação de Deus é fruto de sua onisciência, como presciência, a qual Ele rege de acordo com a Sua vontade e absoluta soberania, em relação as pessoas e acontecimentos. E numa forma insondável, por muitas vezes não compreensível ao nosso entendimento, Deus age continuamente com liberdade total, de forma a realizar a sua vontade de forma completa.Por outras palavras, o Calvinismo baseia a sua doutrina da predestinação na perspectiva de que Deus predestina previa e absolutamente a humanidade, escolhendo entre os homens aqueles que irão salvar-se e aqueles que vão ser condenados. Esta doutrina tira ao Homem qualquer possibilidade de rejeitar ou aceitar livremente a graça divina. Tanto para o Calvinismo quanto para o catolicismo-romano agostiniano, não há livre-arbítrio. Para ambos, a soberania de Deus prevalece. O cristão escolhido não pode rejeitar sua eleição, pois Deus há de curvá-lo até que ele aceite a Sua graça.[3] No Catolicismo e Protestantismo[4] :
Ver artigo principal: Doutrina da Igreja Católica e Graça
Na doutrina católica,
a predestinação, além da perspectiva de Deus, baseia-se também na
perspectiva de que o Homem, sendo criado livre por Deus, tem a
capacidade de aceitar ou rejeitar a graça divina da salvação. Logo, a graça divina e o livre-arbítrio
humano estabelecem-se entre si uma relação de colaboração
indissociável. Apesar da vontade divina de salvar toda a humanidade
através do mistério pascal de Jesus, o Homem pode livremente recusar a salvação e a santidade oferecidas por Deus.[5]Sobre a onisciência divina, que assume um papel importante na predestinação, Eusébio Pânfilo, um Pai da Igreja, afirmou que: "o conhecimento prévio dos eventos não é a causa de que tenham ocorrido. As coisas não ocorrem [somente] porque Deus sabe. Quando as coisas estão para ocorrer, Deus o sabe".[6] Logo, Deus, apesar de saber previamente os acontecimentos futuros, dá ao Homem a possibilidade de modificá-los e de criar uma nova versão do futuro, que aliás Deus também já consegue prevê-la. Contudo, o homem não pode interferir na vontade de Deus. Fontes bíblicas
Ver também
Referências
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